Cátz ~ Viana
Crític@
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 | Assunto: Special Needs, One-Shot (+16)  Qua Jul 30, 2008 5:03 pm | |
| Título: Special Needs.
Autor(es): Cátia Sofia Viana
Par(es): Tom/ Bill
Género(s): Twincest, Fluff, One- shot.
Classificação: +16 (apenas precaução xD)
Disclaimer: As personagens não me pertecem. No entanto, a situação descrita, o ambiente e as acções são fruto da imaginação, nada disto aconteceu verdadeiramente.
Completa: Sim
N/A: Bem, escrevi sito ontem às cinco da manhã, a ouvir a minha música favorita dos Placebo, Special Needs. Não sei o que achar do que escrevi, mas acho que sei fazer melhor. Espero que gostem, e se tiverem algo a apontar, façam favor de dizer. Se quiserem banda sonora para ouvir, já sabem, "Special Needs". Special Needs Uma mão une-se com outra, quebrando o gélido frio da noite. Devagar e sem pressas, os dedos entrelaçam-se, selando promessas nunca ditas, aprofundando os sentimentos que se escondem na penumbra da racionalidade. Os olhares cravam-se com tal intensidade que é visível a sua ligação natural. As percepções e cores fundem-se, as pestanas encaixam, tal como um puzzle onde as peças foram concebidas para serem separadas e depois voltarem a unirem-se por sim mesmas, formando apenas uma. À medida que a onda castanha cristalina se encontra, deixando as suas emoções aflorarem, o toque antes meigo torna-se mais forte. Os dedos exercem tanta força que deixam marcas na pele branca, iluminada apenas pelo luar dissimulado pelas nuvens escuras e misteriosas da noite.
Um passo mútuo, indica um novo começo. Lentamente, os lábios aproximam-se receosos. A escassos milímetros, hesitam, receosos do que a sua união possa causar. Mas nesse momento, quando sentem as suas mãos mais próximas, quando as respirações se unem e formam apenas uma, decidem também eles juntarem-se ao compasso uníssono que os seus colegas desempenham. Quando se abraçam finalmente, a volúpia toma conta deles. Línguas juntam-se, numa ínfima dança, sem destino ou propósito, a não ser o deleite. As mãos abandonam-se, para descobrirem novos horizontes. O braço pertencente ao mais velho rodeia o outro, aproximando-o de si. Deseja sentir todos os seus traços, percebe-los, desenhá-los apenas com o toque. O mais novo continua o gesto. Coloca meigamente a sua mão no pescoço do outro e puxa-o para si, atacando avidamente os seus lábios. Permite a si mesmo ser dominado pelos estímulos naturais que o assolam, deleita-se com o corpo pregado ao seu.
No fundo, apenas quer perceber-se a si próprio, sentir aquilo que nunca sentiu. Lembrar momentos antigos que o tempo foi apagando. Voltar ao cais que abandonou repentinamente e que tentou esquecer, mas sem sucesso. Vencido pela saudade, conduzido pelos ímpetos para os quais não têm designação. Paixão, amor excessivo. Não lhe interessa. Apenas quer viver o momento, abandonar o Mundo, abandonar-se a si próprio e viver através de outro corpo. É isso que o move. A boca do seu companheiro devora a sua pele, provocando-lhe arrepios ferozes, desenhadores de ínfimos trilhos em sim. Atira a cabeça para trás e fecha os olhos maquilhados, dando-se por vencido naquela volúpia batalha. Os lábios que agora desenham caminhos pelo seu peito, descoberto pela camisa desabotoada, imprimem as suas características em si. A forma, a textura, o sabor. Todos são absorvidos pelo seu cérebro, que grava cada pormenor. Um longo suspiro a torna-se audível, proveniente dos seus lábios.
Volta a erguer a cabeça e sente falta dos lábios carnudos e sedentos que pouco antes tomavam conta de si. Tom fita-o, cauteloso. Também ele sente o peso da saudade em si. Seis meses de separação frustrada. Seis meses a tentar esquecer o que nem o tempo apaga. Porque os melhores momentos são intemporais. Porque palavras simples, gestos e olhares perduram na eternidade. Passa-lhe a mão pelo rosto e lança-se mais uma vez sobre os seus lábios, acariciando-nos num beijo meigo, mas prolongado. Coloca a outra mão sobre os abundantes fios negros e deambula por eles, descobrindo em cada um algo novo. Uma suavidade táctil, que consegue abranger todos os seus outros sentidos , absorvendo-o por completo. Parece ter-se perdido numa imensa montanha, onde tenta descobrir novos trilhos a percorrer e se fascina com cada pormenor, desde as cores à velocidade a que a brisa de desloca.
A cada contacto, algo se torna mais complexo. O melhor a fazer seria parar, deixar tudo para trás e recalcar de novo. No entanto, ambos sabem que não o farão. Ambos têm uma necessidade especial, só satisfeita quando estão juntos e sozinhos. Apenas quando se fundem e se deixam levar nas ondas do oceano que o sentimento nutrido pelos dois representa. Já não é apenas uma relação física, antes fosse. A coordenação dos seus seres transforma-os. Não são apenas duas pessoas palpáveis e comuns; pelo contrário, mais do que Deus, menos do que um simples Mortal. Pairam entre o bom e o mau, o ser e não ser, o humano e o espirito. Algo único, sem definição. O centro de um Universo paralelo, onde o tempo pára, o céu e o inferno são um só. Onde os Oceanos e a Terra não existem. Apenas existe uma penumbra que dança pelos ares. Protectora, a sua magnificência estende-se pelo infinito, com os seus braços a abraçar tudo no seu calor unificador.
Um grande beliche ergue-se, mostrando lençóis suaves, com cores pastel. A calmaria que transmitem acalmam os passos rápidos dos gémeos que, entre beijos e carícias, se dirigem para lá. Sem deterem qualquer poder sobre os seus corpos, deixam-se cair nas almofadas que adornam o colchão, já sem roupas. Essas, jazem agora espalhadas no tapete do quarto escuro, sozinhas e descoloridas.
Sobre o irmão mais velho, Bill observa-o com os olhos quase cerrados, permitindo às suas pestanas negras ganharem contornos mais definidos e alongados. Um pouco receoso, passa o seu dedo indicador pelos lábios do outro, entreabrindo-os novamente. Dá continuidade ao movimento, fazendo o dedo atravessar o seu peito.
Na pele macia, o seu gesto é gravado, absorvido, fundido, sem qualquer restrição. Em silêncio, Tom anseia pelo momento em que o toque se tornará mais forte, tão forte que o faça separar-se de si próprio e viajar para um qualquer local, que ainda não definiu. Só sabe que gostava de poder entrar naquele que aproxima agora os seus lábios dos dele e o beija novamente, sem pressas ou ansiedade. O cabelo negro pousa sobre o seu rosto e cobre-o, protegendo os dois do exterior, como uma abóbada.
Relutante, o gémeo mais velho permite ao mais novo levar os seus lábio para longe dos dele. Este, inclinando-se para a frente, faz do peito do seu cônjuge o seu território.
Explora-o através dos seus lábios húmidos, que esculpem minuciosamente as suas formas perfeitas. As mãos, que antes representavam pontes de contacto, tornam-se investigadoras rápidas e aplicadas, que percorrem, atravessam e voltam a percorrer toda a aquela extensão nem nunca se afastarem. Acabam por descobrir tudo aquilo que já conhecem, mas de uma forma diferente. No fundo, tocam o corpo onde pertencem, a sua reprodução perfeita, a fotocópia mais nítida e realista que podiam encontrar.
Com o coração a bater descontrolado, apenas sente as brincadeiras que o outro desenha com a língua na sua pele. Suspira profundamente, tentando libertar-se das correntes que o aprisionam. Não deve demorar muito, pois Bill investiu mais uma vez, mordendo-o levemente no mamilo. O seu corpo estremece, já não sabe quem é nem o que faz. Assim que o outro se afasta minimamente, ele ergue-se, invertendo posições.
E o jogo volta a repetir-se, uma e outra vez. Os toques deixam de ser propositados, simplesmente nascem sem qualquer pudor ou regra a travá-los. As carícias trocadas tornam-se tão individuais, que apesar de serem sempre as mesmas, há algo nelas que as torna únicas. O calor, as sensações que acarretam ou apenas a ilusão de um sonho momentâneo. Ninguém sabe. Mas também ninguém quer saber. A indiferença nasce de onde menos se espera, e ataca tudo e todos com as suas garras famintas. O seu ataque é tão célere e poderoso, que poucos lhe escapam. Muitos deixam-se levar e absorver pelos seus desígnios, mas outros teimam em resistir e continuar a lutar por algo melhor, muitas vezes por um sonho.
A melhor maneira de o fazer é encontrar alguém com o mesmo sonho. Que compreenda sem explicações, que fale sem palavras, que viva connosco após a morte. Alguém que partilhe alma, corpo e vida. Alguém que consiga ouvir os nossos gritos mudos e que nos ajude, nem que seja apenas a torná-los mais audíveis. Por outras palavras, uma alma gémea. A sua não –existência é corroborada todos os dias, mas quando nos deparamos com momentos em que todos os gestos parecem premeditados e naturais, começamos a pensar que talvez a sua existência seja possível, apenas não alcançável a todos.
Corpos estafados encontram-se lado a lado. Faces esculpidas da mesma pedra contemplam o tecto. Lábios cerrados, olhares fixos, dão origem a uma quietude singular. Ainda sentem as marcas da sua paixão imprimidas, ainda sentem o aroma de cada pele, a intensidade de cada olhar. Para nunca mais esquecer, porque existem necessidades especiais que não se podem contrariar - estarem juntos é uma delas. – Mais uma vez, uma mão une-se com a outra, desta vez selando o calor que juntas formaram. Devagar, os dedos entrelaçam-se, livrando-se de vivências passadas, controlando o presente vivido. E mais uma vez cravam-se os olhares límpidos. O castanho volta a envolver-se num espectro de misticidade, para não deixar o puzzle completo voltar a separar-se.
Nunca mais.
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Cats
Curios@
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Data de inscrição : 18/06/2008
| | Assunto: Re: Special Needs, One-Shot (+16) Seg Ago 25, 2008 12:34 am | |
| Cátz!
Eu já não sei o que hei-de dizer-te.
Simplesmente perfeito.
Conseguiste deixar-me cheia de arrepios. Enfim, parece que essa é uma capacidade especial que tens.
Foi das coisas mais bonitas que li. E mais uma vez, escrita por ti.
Começo a achar que tens mais que um dom. Escrita repleta de perfeição. Frases cheias de palavras únicas e insubstituíveis. Pensamentos que atacam a minha mente e se apoderam dos meus.
E depois vem a admiração.
E a vontade sincera e desajeitada de um dia conseguir escrever como tu.
Andas a tornar-te a minha ídola. Porque simplesmente não há nada que tenha lido teu, que eu não premeie com uma autêntica medalha da perfeição. Porque tudo em mim fica repleto de sentimentos tão indescritiveis, de pensamentos tão pouco habituais e tão especiais.
Sei que um dia vou estar na fila de uma boa livraria. Vou entregar o livro ao empregado para pagar e vou sorrir. Sorrir de orgulho. Sorrir porque aquelas páginas mágicas pertencem-te. Sorrir porque mereces e porque tal talento não pode ser desperdiçado.
E então vou dizer avidamente que te conheço e vou aconselhar as tuas obras a todos os meus amigos. Quiçá oferecê-las pelo natal.
Sim, sabes que sou uma sonhadora.
E é realmente tudo o que sonho para ti.
Não há nada mais que possa dizer sem me repetir. É dificíl exprimir tudo o que por aqui vai.
Simplesmente: amei.
Como amo tudo o que já li vindo de ti.
E pensei, e penso. E sinto. E vivo...
Um beijinho, cheio de admiração, da Cats (: | |
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Simplemente amei isto....tu tens um geitão para que escrever que nem te digo nada....
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